Partituras
Música Sacra
A Abordagem sobre a Música Sacra será sempre um tema atual. Não pode ser entendida como um tema do passado, pela razão de ainda haver questões importantes definidas pelo Concílio Vaticano II, e que ainda em muitas situações, não estão de acordo com a verdadeira eclesialidade defendida pelo mesmo texto conciliar.
Podemos colocar algumas questões que por vezes surgem nas nossas comunidades paroquiais:
Será que devemos só cantar as composições dos "Compositores consagrados "dos séculos anteriores?"
Será que qualquer música pode ser aceite e considerada como Música Sacra, por conter mensagem reliosa?
Desde já podemos afirmar que não passará por aí o melhor desempenho da música para melhor "glória de Deus e santificação dos fiéis."(Conc. Vat. II, Const. Sacrosanctum Concilium, n. 112.) A razão, que, segundo a norma do Concilio, o canto tem a finalidade de promover a participação ativa dos fiéis no canto. A assembleia não deve estar estática, mas ativa na celebração. Deve ser entendida com a participação ativa do povo. (Conc. Vat. II, Const. Sacrosanctum Concilium, n. 113.)
A Igreja reconhece como canto próprio da liturgia romana o canto gregoriano. Não excluindo outro género de música sacra, Polifónica. Tudo isto tem de estar ligado ao artigo 30. "Para fomentar a participação ativa, promova-se as aclamações dos fiéis, as respostas, a salmodia, as antífonas, os cânticos, bem como as ações, gestos e atitudes corporais."
O artigo 118 é muito claro ao afirmar que se promova o canto popular religioso, para que os fiéis possam cantar tanto nos exercícios piedosos e sagrados como nas próprias ações litúrgicas. É aqui onde está o principal aspeto em que queremos referir, a verdadeira participação dos fiéis no canto litúrgico. Nas celebrações litúrgicas todos devemos participar. Temos de ser uma assembleia participativa e orante.
Quanto a questão de se qualquer música pode ser aceite e considerada como Música Sacra? Acho que é importante referir que não pode ser considerada qualquer música como Música Sacra. Muitas vezes a música não é composta para fim litúrgico e simplesmente lhe é adaptada uma letra. Como poderá uma música ser glória de Deus e santificar os fiéis, quando a sua composição não tinha esta intencionalidade? A Música Sacra é aquela que é criada para o culto divino.
Pe. Ignácio F. Rodrigues